A mobilização está sendo convocada por entidades dos professores e demais trabalhadores da Educação, como CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação), Andes-SN (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior) e organizações estudantis como UNE, UBES, entre outras. As Centrais CSP-Conlutas e CUT já anunciaram adesão ao movimento que também terá como eixo a luta contra todos os ataques do governo ao conjunto da classe trabalhadora, como a Reforma da Previdência.
Ao invés de resolver problemas históricos como escolas sucateadas, má qualidade de ensino, professores mal remunerados e baixo acesso ao ensino superior, Bolsonaro e seu ministro Abraham Weintraub anunciam cortes na Educação. Em seis meses de governo, a política adotada até agora é de ataques desde ao ensino fundamental até o superior, visando o fim da educação pública.
Os cortes já realizados na educação básica chegam a R$ 5,7 bilhões, afetando repasse de verbas para educação integral, creches, escolas rurais, alfabetização e ensino técnico. O governo também anunciou que o acesso às universidades será dificultado por cortes em bolsas de estudo, pesquisas, assistência estudantil, transporte e até bandejão.
Manifesto de alerta
Profissionais da Educação aprovaram manifesto de alerta em defesa da educação pública e gratuita, no 64º Conad do ANDES-SN, realizado em Brasília. Os docentes avaliam que o Programa Ministerial para o setor poderá promover o mais profundo ataque à universidade pública, ferindo sua autonomia e impondo categoricamente sua privatização. O Programa indica a necessidade de Emenda Constitucional para instituir cobrança de mensalidades e captação de recursos próprios como forma de financiamento das IES públicas. Esse procedimento significaria a destruição do sistema público e gratuito de educação superior. Na contramão da rota do desenvolvimento e qualidade de vida, o governo Bolsonaro mostra cada vez o atraso econômico e ideológico que representa.
Versão do impresso Boletim CXXX
