FAFEN

Depois de muita mobilização dos petroleiros pelo Brasil, a direção da Petrobrás resolveu suspender momentaneamente a “hibernação” das FAFENs da Bahia e Sergipe. A empresa anunciou o adiamento do processo por 120 dias. Mas não podemos achar que a situação está resolvida, pelo contrário. O plano de Pedro Parente é levar à frente, de qualquer jeito, o desmonte da Petrobrás, segundo preconizado roteiro de privatizações de governo do Vampiro Neoliberalista.

Refino

A entrega do refino há tempos está sendo construída com ideia da entrega para “parceiros” de refinarias e dutos. O jornal Folha de São Paulo publica que a direção da Petrobrás pretende vender 25% da sua capacidade de refino. Objetivo é negociar dos blocos do Sul e Nordeste, cada um com duas refinarias, além de dutos e terminais de transporte. Na Região Sul, as refinarias Alberto Pasqualini (Rio Grande do Sul) e Presidente Getúlio Vargas (Paraná), além de 7 terminais e 9 dutos fazem parte do pacote. As refinarias Landulpho Alves (Bahia) e Abreu Lima (Pernambuco), cinco terminais e 10 dutos entram na liquidação de Pedro Parente. E não é a toa que nessas regiões as FAFENs estejam sendo privatizadas, como o caso de Araucária-PR e hibernadas, como as unidades de Bahia e Sergipe.

Leilão

No desmonte ainda temos a “joia da coroa” que são os campos de exploração de petróleo que estão sendo leiloados em Rodadas da ANP, em sua maioria por empresas estrangeiras. Na 15ª Rodada realizada na última quinta-feira, 29 de março, 10 empresas de fora do país como Chevron, ExxonMobil, Statoil, entre outras, comemoram o feirão. Só a Exxon arrematou 8 áreas, sendo 6 como operadora, e desembolsará R$ 2,85 bi pelos ativos, localizados nas bacias de Campos, Santos e Sergipe-Alagoas. Diante disso, o Sindipetro-RJ vai relançar a campanha ‘Todo o Petróleo Tem que ser Nosso’, por uma Petrobrás 100% estatal e pública.

Petros

Se não bastasse vender tudo o que for possível, a preços irrisórios, a Petrobrás mira seus esforços para liquidar o Plano Petros, ao tentar empurrar um absurdo equacionamento do déficit do PPSP de quase R$ 28 bi aos seus participantes. Além disso, a direção da fundação, comandada por Walter Mendes anunciou mais um absurdo que é a cisão do plano.

AMS e Benefício Farmácia

O conjunto de desmonte e ataques a direitos dos trabalhadores e aposentados não para por aí. A resolução 23, que extingue os planos de saúde de estatais, pode afetar diretamente a AMS do sistema Petrobrás num futuro próximo, assim como a reestruturação do Benefício Farmácia anunciada recentemente que não reconhece custos por tratamento de saúde, e sim aquisição por valor de caixa de remédio.

A hora é essa!

Por tudo isso, é importante a união da categoria petroleira contra todo esse processo de desmonte do sistema Petrobrás e da Petros. Nesta quarta-feira (4), os petroleiros e petroleiras tem um compromisso, a partir das 12h, no EDISEN. Vamos exigir a saída de Walter Mendes, que agora ao perceber que não consegue deter às ações e liminares das associações e sindicatos contra o desconto extraordinário nos contracheques, ataca a FNP e seus sindicatos como o Sindipetro-RJ com notificações extrajudiciais, tentando nos intimidar. Não temos medo, Fora Walter Mendes!

(Versão do impresso Boletim 63 do Sindipetro-RJ)

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