Sem demonstrar boa fé negocial, a direção da Petrobrás informou aos trabalhadores que não celebraria um acordo sobre o novo modelo de PLR, impossibilitando o justo pagamento no ano de 2020. Para tanto, alegou que o não fechamento de um acordo até 31/12/2019 (ano de exercício) impossibilitava qualquer pagamento a título de PLR.
No entanto, segundo análise do jurídico da FNP, a Petrobrás poderia de acordo com a legislação vigente ultrapassar o dia 31/12. Outras estatais, por exemplo, a Eletrobrás e BB fecharam os termos de seu plano de PLR no próprio ano de pagamento.
Como conseqüência, os recursos da PLR foram revertidos para um programa de remuneração variável (PRVE depois PPP). Dessa forma, a gerência se apropria de grandes parcelas dos lucros e resultados alheios, parcelas que caberiam aos demais trabalhadores.
Portanto, por ideologia e interesse, Castello Branco e seu Gerente Executivo de RH, Cláudio Costa decidiram não efetivar o pagamento da PLR. As propostas de renovar por todo o ano de 2019 ou mesmo pagar segundo regras do acordo vigente até março/19 foram ignoradas.
Da parte dos sindicatos sempre houve disponibilidade para a negociação, mas a direção da Petrobrás e o RH demonstraram não estarem dispostos. De fato, ao invés de reconhecer os esforços do conjunto dos trabalhadores, preferiram criar uma ferramenta para dividir a categoria e favorecer a alta gerência com múltiplos salariais, enquanto nem repõe as perdas inflacionárias da maioria da categoria. Hoje a PLR dos anos de 2018 e 2019 estão judicializadas por conta, em síntese, da ruptura unilateral de negociação prevista em lei. Ainda não há decisão de mérito nessa ação.
Veja um histórico das matérias que informaram sobre PLR:
1. Entenda a postura da direção da Petrobras e veja a contraproposta que a FNP havia feito, ainda em 2019:
https://sindipetro.org.br/petrobras-insiste-em-implementar-plr-na-marra/
2. Simplificação da contraproposta da FNP:
https://sindipetro.org.br/plr-fnp-envia-contraproposta-para-a-petrobras/
3. O que votamos sobre PLR:
