Na Petrobrás somos cerca de 16% de mulheres e, na base do Rio de Janeiro, representamos mais de 36% do todo. Apesar de salários iguais, as condições para ascensão na carreira não são as mesmas e, dentre os motivos, está a realidade feminina de, por exemplo, sair de licença maternidade e de manter dupla ou tripla jornada de trabalho, ficando encarregada de cuidar da casa e dos filhos, enquanto para os homens sobra mais tempo e disposição para se dedicar à carreira. Somos as maiores vítimas de assédio sexual nas organizações. A precariedade dos vínculos de trabalho ou o risco do desemprego, como é recorrente no caso das petroleiras terceirizadas, nos tornam ainda mais alvo de investidas assediadoras. Denúncias de ataques físicos a mulheres ou câmeras em banheiros femininos na área operacional da Petrobrás, contam com relatos recentes de petroleiras. Ou então a proibição das recepcionistas dos prédios administrativos do Centro do RJ de cruzar as pernas, com a explicação de que esse movimento é sensual e pode estar sendo observado por homens através das câmeras.

OU SEJA, AINDA TEMOS MUITOS MOTIVOS PARA NOS UNIR E MOBILIZAR!

Juntas somos mais fortes 12h30 no EDISEN – Roda de Conversa de Mulheres da Petrobrás (Próprias e terceirizadas) 15h30 – Oficinas e Agitação na Candelária 17h – Passeata da Candelária à Praça XV.

HOMENS SÃO BEM-VINDOS NO ATO! Os homens também são vítimas do machismo: licença paternidade irrisória, obrigatoriedade da virilidade, impossibilidade de demonstrar carinho e cuidado com um amigo ou, simplesmente, de chorar! Os filhos e pais sofrem ao verem sua mãe/filha sofrendo assédio, violência doméstica ou qualquer outro tipo de abuso. A luta das mulheres é por igualdade e contra a injustiça. Somos todos da classe trabalhadora!

 

(Versão do impresso Boletim Especial Mulheres)

Destaques