Marielles, Dandaras e a resistência das mulheres marcam o 2º dia do Congresso da FNP

Em um país em que a execução de negras e pobres ocorre cotidianamente pode significar dificuldade de uma sociedade para se acostumar com o empoderamento das mulheres

Em meio a lágrimas e emoções, o painel “De Rosa Luxemburgo a Marielle Franco, a luta contra a opressão e a exploração” fez história no Congresso Nacional da FNP, 2019.

Na mesa, petroleiras com experiências de luta se somaram à resistência de duas grandes mulheres: Marcela Azevedo, do Movimento Mulheres em Luta e da CSP Conlutas, e Tatianny Araujo, do PSol.

Uma das mesas mais emocionantes do 12º Congresso relembrou as mortes de Marielle, Rosa Luxemburgo e Dandara dos Palmares, rainha do maior quilombo do período colonial brasileiro, no século XVII, ambas silenciadas na história.

Diante de constantes tentativas de silenciamento no Brasil, suas sementes – Marielles, Rosas e Dandaras – seguem brotando. Por isso, “quando uma mulher sobe, puxa a outra”, exaltou Tatianny.

Como canta o enredo da Mangueira. “Brasil, o teu nome é Dandara (…). Chegou a vez de ouvir as Marias, Mahins, Marielles, Malês…”

Ainda durante o painel, um grande passo foi dado para o avanço das mulheres sindicalistas na FNP. Elas propuseram à Federação Nacional que se estabeleça uma cota mínima de 16% na formação das diretorias da federação. Apesar disso, a proposta ainda será votada no domingo (4).

Um dos pontos fortes do painel foi a lembrança do desaparecimento da colombiana Carolina Garzón Ardila, que desapareceu em circunstâncias estranhas na cidade de Quito, Equador, dia 28 de abril de 2012. “Até hoje, passados sete anos de seu desaparecimento, os governos da Colômbia e do Equador não solucionaram o desaparecimento da jovem”, destacou Marcela.

Ao final da palestra, Natália Russo, dirigente da FNP e do Sindipetro-RJ, a convidou todas as mulheres a subirem na bancada.

https://www.facebook.com/petroleiros/videos/2381710525439164/

 

Fonte: FNP

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