Por um petroleiro sob ataque

Os corações e mentes de alguns mostram-se alinhados com os ideais manifestados pela Firjan em 2016, quando declarava ser necessário reduzir os salários por meio da inflação, do desemprego ou de ambos.

Onde reina a desumanidade, primeiro se diz que “empresa não é instituição de caridade”, mas que “tem que dar lucro ao acionista”.

A seguir, pede-se nossa “sensibilidade” para percebermos dificuldades reveladas. O que nos falta ver? Teria a “mão do mercado” se tornando visível?

Passado mais algum tempo, ouvem-se vozes suaves com a receita da justiça dos embaixadores do insulto aos trabalhadores da empresa.

A empresa, aliás, é a mesma, a respeito da qual, há bem pouco tempo, as publicações registravam ser o sonho de emprego de milhares de universitários.

Na doutrina “meritopata”, as conquistas até o pré-sal e inúmeras outras realizações impressionantes alcançadas por corpos sinérgicos formados por geólogos, engenheiros, médicos, comunicadores, assistentes sociais, advogados, químicos, profissionais de TI, administradores e muitos outros de uma infinidade de áreas do conhecimento, de nível técnico e superior, são fruto do trabalho de privilegiados pouco produtivos.

Pessoas inteligentes parecem sofrer mutações ao assumirem determinadas posições. Comparam valores diferentes, obtidos de cenários diferentes, em condições diferentes e calculam relações entre eles desprovidas de coerência.

Quando questionados, esses não sabem esclarecer a respeito dos critérios de seleção e agrupamento de dados. Mas têm muita “convicção”, sempre demonstrada com a frase: “seja como for…”.

Assim, mascarados de defensores de uma modalidade doentia de justiça social, instam-nos a gostarmos da ideia de caminharmos na direção da igualdade que leva todos a um estado pior do que aquele que alcançamos.

Sim! Empenhamos nossas vidas em prol da companhia e de nossas conquistas pessoais.

Curiosamente, não se vê nenhum interesse em comparar o padrão dos diretores, dos membros da alta gerência e dos acionistas com o da “média do mercado”. “De qualquer forma”, não temos que nos meter em assuntos que não nos dizem respeito, não é verdade? Justiça, só por um ponto de vista. E querem sempre que seja o de quem conta a história por último.

Mas ainda não acabou! A luta vai continuar. Não é a última proposta. E vamos lutar para que a companhia não seja reduzida a protagonista do último ciclo extrativista do país.

 

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